sexta-feira, 12 de março de 2010

Uma volta com o 500 Abarth na Itália

“Foguetinho” italiano conta com motor 1.4 16V T-Jet de 135 cv e 18,4 kgfm.


A história de 40 anos está mantida. Tudo começou em 1960, quando os engenheiros da Abarth — a divisão esportiva do Grupo Fiat — desenvolveu o lendário 500 Abarth para as pistas, modelo que participou das competições até os anos 1970. Agora, após o relançamento do Fiat 500, que estrou em julho de 2007 em Turim, na Itália, tivemos a oportunidade de piloter no circuito de Balocco, na Itália, a releitura da versão esportiva de rua do minicarro: o novo 500 Abarth.

Com perdão do lugar-comum, essa pequena máquina com a marca do escorpião é um “foguetinho” sobre rodas. E não é para menos. O motor que equipa a versão é o Fire 1.4 16V Turbo T-Jet, um 4 cilindros em linha montado na transversal, sobrealimentado por um turbo IHI que gera 135 cv de potência a 5 500 rpm. Os valores de torque são distintos: sem o modo Sport acionado, um sistema eletrônico que altera o valor de força e a rotação do motor, ele gera 18,4 kgfm a 2.500 rpm; com o Sport acionado, o torque vai a 21,0 kgfm a 3.000 rpm.

Com essa pequena usina de força sob o capô, o 500 Abarth atinge a velocidade máxima de 205 km/h e acelera de 0 até 100 km/h em 7s9, segundo dados da Fiat. É ou não é um míssil? Na pista de testes de Balocco pude acelerar o pequeno Fiat sem dó. Na primeira acelerada foi fácil adivinhar que o carrinho é mesmo rápido, e pede uma tocada tão esportiva quanto o seu temperamento. No painel, à esquerda do volante, a pressão da turbina e o ponto ideal para a troca das marchas podem ser monitoradas por meio dos instrumentos analógicos específicos GSI (Gear Shifth Indicator) e TTC (Torque Transfer Control).

Não fossem as “muletas tecnológicas” existentes no carro — como o ABS, que evita o travamento das rodas nas frenagens antes das entradas de curva; o ASR, que controla a tração das rodas na saída da curva e na arrancada e o ESP, que impede a derrapagem do carro em uma situação de extrema inclinação da carroceria, certamente o 500 Abarth tomaria as “rédeas” da condução. Mas, caso queira mais emoção na pilotagem, é possível desligar o controle de torque nas rodas dianteiras por meio de uma tecla no painel, o que faz com que o carro perca um pouco do seu autocontrole transferindo-o para as mãos de quem está ao volante.

Quanto à estabilidade, o bom comportamento do 500 Abarth está aliado, além dos já citados recursos eletrônicos, à suspensão recalibrada com set-up de competição e aos pneus de perfil baixo 195/45 R16” — opcionalmente podem ser 205/40 R17”. Para conter o Abarth, o sistema de freios composto por discos ventilados nas quatro rodas faz o 500 grudar no chão. O único senão desse carro: sua importação para o Brasil não está nos planos da Fiat.

500 Assetto Corse, o “baby car” superesportivo da Abarth

Além da versão de rua que você acabou de conhecer, existe ainda a superesportiva Assetto Corse, destinada exclusivamente às pistas. Trata-se de uma edição limitada a 49 exemplares (todos já vendidos) equipada com motor 1.4 turbo de 200 cv de potência, turbina Garret GT de geometria variável, câmbio de 6 marchas, bancos tipo concha, freios da marca Brembo, rodas OZ Racing de 17” com pneus Pirelli 205/50, direção elétrica e uma asa na tampa traseira.

Fonte: Carro Online

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