terça-feira, 9 de março de 2010

Ferrari 458 Italia: o presente já é futuro

A Casa de Maranello voltou a se superar com a sucessora da F430.


Você, contudo, pode gostar ou não da 458 Italia — afinal, gosto não se discute. O que ninguém pode negar é que ela impressiona. E muito. O visual da máquina é espetacular, embora nenhuma foto seja capaz de traduzir o que se sente vendo-a ao vivo. Ok, mais uma vez, isso poderia ser dito sobre qualquer outra Ferrari. Mas, no caso da Italia, isso ganha maior importância ao se saber que ela é a mais moderna, eficiente e, como não lembrar, a substituta da F430, um dos melhores modelos oriundos da Casa de Maranello. Os próprios técnicos da fabricante italiana asseguram que, em determinados circuitos, como o de Fiorano — que pertence à Ferrari e onde todas os modelos da marca são testados —, a 458 consegue registrar os mesmos tempos que uma F50 (lembrando que esta é, pratica­men­te, um carro de competição equipado com um V12 de 525 cv e 1.300 kg de peso).

Coração V8

A 458 Italia conta com um novo motor V8 de alumínio com ligeiras alterações em relação à California. Agora, ele possui injeção direta de gasolina, maior presença de eletrônica e medidas internas diferentes. O curso dos pistões foi mantido, mas o diâme­tro foi aumentado para que fossem atingidos os 4.499 cm3 de cilindrada. Graças a isso, o modelo é capaz de produzir 570 cv a 9.000 rpm e torque de 55 mkgf a 6.000 giros. Tudo isso chega às rodas traseiras por meio de uma transmissão F1 com dupla embreagem e 7 marchas, similar àquela que equipa a California, devidamente adaptada. As duas embreagens multidisco banhadas em óleo são montadas em paralelo. Outra diferença em relação a F430 é que, agora, toda a eletrônica está centralizada em um mesmo ponto. Antes, motor, câmbio, sistema de tração e suspensão contavam com centrais individuais que se conectavam a uma principal. A novidade faz com que as respostas de cada um desses componentes seja mais rápida, já que o computador central coordena os diferentes conjuntos com maior precisão. A nova Ferrari dispõe ainda de um diferencial autoblocante controlado eletronicamente.

Como era de se esperar, a fábrica anuncia números de desempenho tão impressionantes quanto a presença da Italia: aceleração de 0 a 100 km/h em 3s4; 0 a 200 km/h em 10s4 e nada menos que 325 km/h de velocidade máxima. Só que o melhor de tudo é que, embora exiba essas marcas capazes de empolgar qualquer fã de velocidade, a 458 também consegue agradar aos defensores do meio ambiente, já que o novo propulsor V8 concilia potência e força com economia de combustível. Para se ter ideia, de acordo com os dados da fábrica, o consumo médio da macchina (urbano e rodoviário) é de 7,5 km/l. Nada mal para um superesportivo.

Carroceria de alumínio e dotes de Fórmula 1

Sua estrutura é composta por uma carroceria de alumínio e a suspensão é independente nas quatro rodas, com triângulos sobrepostos e amortecedores dotados de controle magnético — similares aos usados na 599 GTB Fiorano. Por meio do Manettino no volante de direção (um seletor do tipo usado na F1), é possível escolher entre os seguintes programas de condução: Race, Sport e Wet, além das opções de se desligar apenas o controle de tração (CT off) ou o de estabilidade (ESP off). A antiga posição Ice deixou de ser oferecida.

Para conter a fúria dos 570 cv, a Italia conta com poderosos discos de carbono e cerâmica, além de enormes pinças desenvolvidos especialmente pela Brembo, reconhecida como uma das melhores fabricantes de freio do planeta.

A carroceria, por sua vez, destaca-se por sua aerodinâmica esmerada, esculpida com o providencial auxílio do túnel de vento. O fundo do carro é plano e, na parte traseira, existe um enorme difusor cuja simples visão é suficiente para relembrar a polêmica criada na Fórmula 1 em 2009 por conta de um equipamento similar.

Por dentro, luxo e esportividade se fundem por onde quer que se olhe. O volante traz, incorporado, os comandos das principais funções que se pode necessitar ao conduzir. Piscas, limpador de para-brisa, iluminação, partida e controle de suspensão. Na parte de trás, existem ainda as borboletas do câmbio e os acionadores do sistema Launch Control. Para engatar a marcha a ré, é preciso acionar um botão instalado no console central.

Apesar de tanta tecnologia, o quadro de instrumentos apresenta um visual simples, quase espartano. Mas não se engane. No centro, o enorme conta-giros predomina, ladeado por duas pequenas telas nas quais o motorista pode configurar as informações que deseja consultar.

Em uma delas, por exemplo, o sistema de gerenciamento do carro informa, por meio de gráficos e luzes, se motor, câmbio e pneus estão na temperatura ideal de funcionamento. Caso seja preciso aquecê-los, esses itens surgirão em azul no monitor; se estiverem prontos, a cor passará a verde e se estiverem superaquecidos, um alerta em vermelho avisará o motorista. Muito intuitivo e, ao mesmo tempo, futurista.

Fonte: Carro Online

Aqui algumas fotos da 458 Italia



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